terça-feira, 30 de março de 2010

O hemograma na síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA)

As alterações hematológicas observadas na SIDA são numerosas e variáveis.
Algumas são conseqüentes à própria ação do vírus HIV sobre as células eritróides, outras são produtos das diversas associações com processos infecciosos, inflamatórios ou neoplásicos e, finalmente, ocorrem alterações decorrentes do uso dos diversos medicamentos empregados no tratamento dos pacientes.

Além disso, as manifestações laboratoriais sofrerão alterações durante a evolução da doença. Isso significa que não é possível descrever um padrão de alterações ao hemograma que seja característico da doença.

PARA PESQUISAR:
1. Pesquise e comente quais as principais anormalidades hematológicas observadas na infecção pelo HIV.



2. Quais as alterações morfológicas da série vermelha estão presentes nesses casos:



Ainda podemos citar outros tipos de alterações:

3. Alterações morfológicas da série leucocitária

• Hipo a hipersegmentação dos neutrófilos

• Aumento de formas imaturas da série granulocítica

• Vacuolização citoplasmática dos monócitos

• Atipias de linfócitos



4. Inversão da relação CD4:CD8



5. Redução dos níveis de vitamina B12: má-absorção intestinal



6. Elevação da ferritina sérica, capacidade de ligação do ferro à transferrina normal ou baixa, redução dosníveis de ferro sérico = anemia de doença crônica



7. Alterações no processo de coagulação: tempo de tromboplastina parcial ativado (TTPA) e tempo deprtotrombina (TP) prolongados.



Observação:
Como a capacidade do vírus HIV de infectar e destruir as células é muito grande, de maneira geral, o que caracteriza o hemograma dos pacientes com SIDA são as citopenias, que podem ser isoladas ou combinadas, resultando em anemia, leucopenia com neutropenia e linfopenia, além da trombocitopenia. Além disso, as citopenias podem ser decorrentes de disfunção medular, que pode ser hiper, normo ou hipocelular. A hipercelularidade medular pode ser representada pela predominância de células plasmáticas e linfócitos, enquanto a hipocelularidade pode vir acompanhada de fibrose. A trombocitopoiese ineficaz e a granulocitopoiese com características displásicas respondem, pelo menos em parte, pelas citopenias.

Mononucleose infecciosa e a hematologia

Mononucleose infecciosa

A resposta imune durante a infecção pelo vírus Epstein-Barr causa uma linfoproliferação, manifestada por leucocitose entre 10 e 20 x109/l em cerca de 2/3 dos casos, embora cerca de 10% dos pacientes possam apresentar leucopenia. A linfocitose (em geral maior do que 50% do total de leucócitos) é causada pela expansão clonal de linfócitos T citotóxicos CD8+. O vírus infecta os linfócitos B e os linfócitos T reativos às células infectadas tornam-se atípicos. Esses linfócitos permanecem na circulação por 1 ou 2 meses, embora sejam descritos pacientes que permaneceram com atipia por até 6 meses. O número e a aparência desses linfócitos são bastante variáveis.
Em geral a atipia é superior a 10% do total de linfócitos, e morfologicamente essas células T apresentam características nucleares e citoplasmáticas similares às observadas durante a transformação reativa dos linfócitos a outros vírus, como CMV e adenovírus: células grandes, com núcleo irregular, citoplasma abundante, que varia do azul-pálido a intenso, cromatina nuclear de condensação variável e o nucléolo pode ser evidente.A relação núcleo/citoplasmática é baixa, diferentemente do observado em células neoplásicas.

Outras alterações laboratoriais que podem ser observadas são: trombocitopenia e anemia, causadas por reações auto-imunes.

PARA PESQUISAR:
Que outras infecções podem apresentar quadros hematológicos semelhantes, caracterizados pela linfocitose (superior a 50% dos leucócitos, com número de linfócitos atípicos variável) em resposta à infecção?

Hemograma nas infecções

Várias alterações hematológicas são observadas nos quadros infecciosos, dependendo do agente etiológico, extensão e local da infecção. As possíveis alterações observadas ao hemograma quanto à composição e morfologia dos leucócitos correspondem à cinética e função das células envolvidas nos processos de defesa contra um determinado agente infeccioso. Assim, os neutrófilos têm ação microbicida importante contra bactérias, enquanto os macrófagos agem contra agentes intracelulares (protozoários e bactérias intracelulares). Os eosinófilos, por sua vez, têm ação citotóxica contra helmintos, e os linfócitos T participam efetivamente da resposta contra agentes intracelulares como vírus, protozoários e bactérias intracelulares.

Caros Alunos, primeiramente vamos pesquisar como se apresenta o hemograma nos diferentes quadros infecciosos:
A) Infecção Bacteriana
B) Infecção Viral

Olá Pessoal!

Agora temos um contato eletrônico para facilitar o nosso trabalho!

Vamos usar dessa ferramenta um suporte na hematologia.

Um grande abraço.

Profe. Fabiana.