domingo, 9 de maio de 2010

REVISÃO PARA A PROVA G1

1. Conceito de fatores de crescimento
2. Defina: eritropoietina, trombopoietina, linfocinas e monocinas.
3. funções das interleucinas Il 1; Il 2; Il 4 e Il 6.
4. Defina Interferons
5. Descreva o processo inflamatório.
6. O que você entende por fator de necrose tumoras?
7. Defina hematolopoese:
8. O que você entende por transdução de sinais?
9. Quais as causas mais comuns de leucocitose?
10. Faça um quadro resumo das principais penias e filias (neutrofilos, eosinofilos, monocitos, linfocitos, basofilos)
11. Defina desvio a esquerda e a direita
12. Qual a importancia do indice de segmentação?
13. Em relação as patologia de leucócitos, correlacione as principais com as patologias correspondentes.
14. Analise os valores normais citados no quadro abaixo e defina o tempo de vida na corrente circulatoria das principais celulas.
GRANULÓCITOS TAMANHO PROPORÇÃO
Segmentado 10 a 15  55-65% 40-80%
Bastonete 10 a 15  3-5% 3-5%
Eosinófilo 13 a 15  1-4% 1-6%
Basofilo 10 a 12  0-1% 0-2%

AGRANULÓCITOS TAMANHO PROPORÇÃO
Linfócitos 5 a 15  20-30% 20-40%
Monócitos 12 a 20  4-8% 2-10%

15. Ainda em relação ao quadro a cima, cite a prinpal função de cada uma das celulas citas.
16. Defina e discuta o processo infeccioso bacteriano.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

PARA ESTUDO DA SERIE VERMELHA.

Questões de LMA e LMC

1. Defina LMA e LMC.
2. Quais os principais achados hematológicos de:
A. LMA
B. LMC
3. Em relação ao prognóstico de LMC, discorra a respeito do que você entendeu em aula.
4. Quais os principais sintomas encontrados em LMA e LMC?
5. Qual a importancia da biologia molecular no estudo das leucemias?
6. Correlacione a idade prevalente na LMA e LMC com o prognóstico do paciente.
7. Pequise artigos que tratam dos achados hematológicos de LMA e LMC para comentar na próxima aula.
Um grande abraço e bom trabalho! Até semana que vem com nossa prova prática.

LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA



A leucemia mielóide crônica se caracteriza pela presença de uma anormalidade genética adquirida e que foi chamada de cromossoma Philadelfia, pois foi descoberta na Universidade da Pensilvânia.

Sabe-se que todos os seres humanos possuem 46 cromossomas, dispostos em 22 pares, numerados de 1 a 22, além dos dois cromossomos sexuais (X e Y no homem e XX nas mulheres).

O cromossoma Philadelfia é uma anormalidade que envolve os cromossomas de números 9 e 22. Esses cromossomos se quebram e trocam partes entre si. Esta alteração é chamada translocação e o novo cromossoma que se forma é chamado Philadelfia. Esta fusão de pedaços de cromossomos é chamada em nível de gene de bcr-abl.

As causas que levam a essa alteração são geralmente desconhecidas. Uma pequena proporção de pacientes pode ter a sua doença relacionada a irradiação. Isto ficou relativamente claro em estudos no Japão com sobreviventes da bomba atômica. Verificou-se nesta população um maior risco de leucemia, assim como de outros tipos de cânceres.

Exposições a radiografias por solicitação do médico ou do dentista não acarretam aumento de risco deste tipo de doença.

As células alteradas na LMC, ao contrário do que descreveremos nos casos de leucemia mielóide aguda, geralmente funcionam adequadamente, permitindo um curso inicial da doença mais brando do que nos casos agudos.

A maioria dos casos de leucemia mielóide crônica ocorre em adultos. A freqüência deste tipo de leucemia é de 1 em 1 milhão de crianças até os 10 anos. Em adultos, a freqüência fica em torno de 1 em 100.000 indivíduos.

Sinais e sintomas
O aparecimento de sinais e sintomas na leucemia mielóide crônica é geralmente insidioso. Muitos pacientes são diagnosticados por acaso em exames clínicos ou de sangue realizados por motivos diversos ou até para “check-up”.

Os pacientes podem referir cansaço, palidez, sudorese, perda de peso e desconforto do lado esquerdo do abdome devido ao aumento do baço.

A LMC evolui na maioria dos pacientes para uma fase mais turbulenta e com maior dificuldade de controle chamada fase acelerada. Nesta fase, há um aumento ainda maior do baço e aumento das células imaturas, “blastos”.


Glóbulos brancos variam entre 100.000 e 300.000 por mm³.
As formas sub e aleucêmicas são raras.
GLÓBULOS BRANCOS são representados principalmente por:
NEUTROFILOS (50-70%).
Os EOSINÓFILOS E BASÓFILOS são igualmente numerosos.
O resto da população branca é representada de precursores imediatos dos granulócitos: METAMIELÓCITO, MIELÓCITOS E PROMIELÓCITOS sobretudo dos neutrófilos.
MIELOBLASTOS pouco numerosos (1-5%) (seu aumento pode estar relacionado a agudização).
Anemia pode ser nula ou moderada, podendo ser achados eritroblastos.
Plaquetas: seu número é frequentemente aumentado e com a transformação para leucemia aguda ocorre sua diminuição (trombocitopenia).



Finalmente, a doença evolui para a chamada fase blástica ou aguda, na qual predominam as células blásticas na medula óssea e no sangue. Em aproximadamente 25% dos pacientes, esta etapa manifesta-se como uma leucemia linfóide aguda, enquanto em 75% a manifestação é de leucemia mielóide aguda.

LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA




A leucemia mielóide aguda caracteriza-se pelo crescimento descontrolado e exagerado das células indiferenciadas chamadas “blastos”. Estas células não apresentam as funções normais dos glóbulos brancos. Além disso, existe um bloqueio na fabricação das células normais, havendo uma deficiência de glóbulos vermelhos (anemia), plaquetas (plaquetopenia) e glóbulos brancos (neutropenia) e presença de Bastões de Auer - número 2 da figura.


Sinais e sintomas
A maioria dos pacientes refere sentir-se mal. Isto inclui cansaço e dispnéia às atividades físicas, palidez, sinais de sangramento, como manchas na pele, sangramento nas mucosas, nariz e outros locais.
Além disso, febre e infecções são achados freqüentes, assim como a queixa de dores ósseas.

Manifestações clínicas
Os sinais clínicos da LMA são inespecíficos, iniciando de modo gradual ou abrupto
Os sintomas são consequência da:
Anemia; Leucocitose; Leucopenia ou disfunção leucocitária, Trombocitopenia
A tríade da leucemia aguda: Fadiga; Sangramento; Febre
A maioria dos pacientes refere a fadiga como primeiro sintoma
Anorexia e perda de peso são comuns
A febre pode ocorrer com ou sem uma infecção identificável
Achados hematológicos
Anemia intensa, normalmente normocítica e normocrômica
Contagem de leucócitos: Contagem média: 15.000 por mm3 podendo chegar a contagens acima de 100.000 leucócitos por mm3

Leucemia



O termo leucemia refere-se a um grupo de doenças complexas e diferentes entre si que afetam a produção dos glóbulos brancos. As primeiras observações de pacientes com grande elevação no número de glóbulos brancos no sangue foi feita por médicos europeus no século XIX. Esses cientistas passaram a definir esta situação como “weisses blut”, ou sangue branco. Mais tarde o termo “leucemia”, derivado das palavras gregas leukos, significando branco, e haima, significando sangue, passou a ser utilizado.

As principais formas de leucemia podem ser divididas em quatro categorias: mielóide e linfóide. Por sua vez, esses dois tipos se dividem em formas crônica e aguda. Desta forma, temos leucemias mielóides agudas e crônicas e leucemias linfóides agudas e crônicas

As leucemias agudas são doenças rapidamente progressivas que afetam a maioria das células primitivas (ainda não totalmente diferenciadas ou desenvolvidas). As células imaturas não desempenham as suas funções normais.

As leucemias crônicas são doenças de progressão lenta, permitindo o crescimento de maior número de células já desenvolvidas. Em geral, essas células mais diferenciadas são capazes de exercer as suas funções normais.

terça-feira, 30 de março de 2010

O hemograma na síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA)

As alterações hematológicas observadas na SIDA são numerosas e variáveis.
Algumas são conseqüentes à própria ação do vírus HIV sobre as células eritróides, outras são produtos das diversas associações com processos infecciosos, inflamatórios ou neoplásicos e, finalmente, ocorrem alterações decorrentes do uso dos diversos medicamentos empregados no tratamento dos pacientes.

Além disso, as manifestações laboratoriais sofrerão alterações durante a evolução da doença. Isso significa que não é possível descrever um padrão de alterações ao hemograma que seja característico da doença.

PARA PESQUISAR:
1. Pesquise e comente quais as principais anormalidades hematológicas observadas na infecção pelo HIV.



2. Quais as alterações morfológicas da série vermelha estão presentes nesses casos:



Ainda podemos citar outros tipos de alterações:

3. Alterações morfológicas da série leucocitária

• Hipo a hipersegmentação dos neutrófilos

• Aumento de formas imaturas da série granulocítica

• Vacuolização citoplasmática dos monócitos

• Atipias de linfócitos



4. Inversão da relação CD4:CD8



5. Redução dos níveis de vitamina B12: má-absorção intestinal



6. Elevação da ferritina sérica, capacidade de ligação do ferro à transferrina normal ou baixa, redução dosníveis de ferro sérico = anemia de doença crônica



7. Alterações no processo de coagulação: tempo de tromboplastina parcial ativado (TTPA) e tempo deprtotrombina (TP) prolongados.



Observação:
Como a capacidade do vírus HIV de infectar e destruir as células é muito grande, de maneira geral, o que caracteriza o hemograma dos pacientes com SIDA são as citopenias, que podem ser isoladas ou combinadas, resultando em anemia, leucopenia com neutropenia e linfopenia, além da trombocitopenia. Além disso, as citopenias podem ser decorrentes de disfunção medular, que pode ser hiper, normo ou hipocelular. A hipercelularidade medular pode ser representada pela predominância de células plasmáticas e linfócitos, enquanto a hipocelularidade pode vir acompanhada de fibrose. A trombocitopoiese ineficaz e a granulocitopoiese com características displásicas respondem, pelo menos em parte, pelas citopenias.